Integrantes do LaIFE
Esperançar
Verbete com voz humana: Arthur Cerqueira Santos
Num país como o Brasil, manter a esperança viva é em si um ato revolucionário (Paulo Freire)
[...] lido com gente. Lido, por isso mesmo, independentemente do discurso ideológico negador dos sonhos e das utopias, com os sonhos, as esperanças tímidas, às vezes, mas às vezes, fortes, dos educandos. Se não posso, de um lado, estimular os sonhos impossíveis, não devo, de outro, negar a quem sonha o direito de sonhar. Lido com gente e não com coisas. (Paulo Freire)
“As experiências de impotência real são tudo, exceto irracionais; [...]. Somente elas permitem a esperança de uma resistência contra o sistema social [...].” (Theodor Adorno)
“Florescências”
Artista: Mariana Vasconcelos
Técnica: colagem
Audiodescrição: Mariana Vasconcelos
[Início da descrição da Imagem]
Uma composição de colagem de várias imagens. Ao centro, a foto de uma mulher do busto para cima, sobre um círculo de papel branco rendado. Ela tem os olhos fechados e possui borboletas e folhagens cobrindo e rodeando seu busto nu. Em torno, um círculo preto de diâmetro maior, com os seguintes dizeres escritos na cor prata: Tempos de reclusão. Tempo de florescências. De mãos dadas com a inclusão, afetos e saberes. O círculo preto está sobre um retângulo com estampa de folhagens contendo flores coloridas e uma sianinha branca em seu contorno. Emoldurando toda a imagem, vinte e uma fotos retangulares com variados tipos de apertos de mãos e cumprimentos.
[Fim da descrição da Imagem]
“O despertar da alma”
Artista: Erica Farias
Técnica: poesia
Poesia com voz humana: Paula Cerqueira
Clique aqui para ouvir a poesia.
Poesia em LIBRAS: Raphael Lopes da Costa
Assista ao lado o vídeo da poesia em LIBRAS.
“Nossa Senhora Desatadora dos Nós”
Artista: Dirceu
Técnica: pintura em tela
Audiodescrição: Lusimar Andrade
[Início da descrição da Imagem]
Pintura em estilo Naif, tinta acrílica sobre tela, intitulada “Nossa Senhora Desatadora dos Nós”. No centro da tela, imagem ilustrada de uma Nossa Senhora negra com um manto azul cruzando o corpo, sobre um vestido longo de mangas compridas em tom rosa e gola branca. Ela está com a cabeça inclinada para o lado direito e segura uma longa linha branca com alguns nós. Aos pés da imagem há desenhos de nuvens e plantas. Ao fundo da tela em bege, temos pontos pincelados coloridos em vermelho, amarelo e algumas flores em forma de margarida. Ao seu redor, vemos 3 anjos pairando no ar. Eles são negros, cabelos crespos e suas asas brancas, vestem camisola azul e manto verde; estão olhando para a Nossa Senhora Desatadora dos Nós.
[Fim da descrição da Imagem]
“Redescoberta de si...”
Artista: Bia Ornelas
Técnica: vídeo
Audiodescrição: Mariana Vasconcelos
[início da descrição do vídeo]
Ao som da música Paciência (Lenine), o vídeo inicia com a imagem do desenho de uma sala, onde se vê uma poltrona, uma janela e uma mesinha com um jarro de flores. Na legenda, lê-se: “O que se faz quando não se sabe pra onde vai?” Em seguida, uma sequência de imagens com pinturas bem coloridas. Ao final, o vídeo retorna para a imagem da sala, onde se lê a seguinte legenda:” Redescoberta de si… Saber se reinventar, saber que tem pra onde voltar, com quem contar… Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não pára e isso vai passar…”
[Fim da descrição do vídeo]
“Mãe Terra pede Socorro”
Olá, sou a Mãe Terra.
Eu grito por Socorro. Mas só recebo destruição.
Então o que estava guardado nas matas mais tensas chega às cidades.
Com a ignorância e o egoísmo humano, o que há de ruim se multiplicou, gerando o que vocês chamam de Pandemia.
E a cura está na mão de vocês, pois quem destrói também pode reconstruir.
Artista: Jussara Costa
Técnica: feltragem
Audiodescrição: Christina Brazil
[Início da descrição da Imagem]
Esta produção artística é tridimensional e representa a Mãe Terra em feltro, composta por quatro fotografias que possibilitam vê-la sob todos os ângulos. A Mãe Terra é verde e seus braços envolvem o planeta Terra, como uma mulher grávida segura sua barriga. De seus seios vertem a água que nutre o planeta. Espalhados sobre seus longos cabelos cor de palha, há flores coloridas, borboletas azuis e amarelas; uma cobra coral; um gato branco; um pintinho amarelo, uma baleia lilás e um pássaro branco pousado no ombro esquerdo.
[Fim da descrição da Imagem]
“Infâncias e pandemia”
Como tudo aconteceu?
Foi quando um dia não teve mais escola!
As crianças em casa ficaram...
com as mães trabalhadoras,
com os pais, tias, tios, avôs. Irmãos...
E quem mais? Não se sabe.
Tudo mudado. Será?
Vamos ver.
Para onde foram as músicas?
A fila?
A rodinha?
O encantamento...
Estão em casa! Ou não!
Mas na escola é que não estão.
Só a lembrança...
E quantas lembranças?
Muito mais do que os dedos podem contar.
Tomara sejam doces.
Leves.
Mais sorrisos e menos choro.
Mais sorrisos e menos choro.
Afeto, generosidade.
Ética, cuidado e amor.
Criança não tem pandemia!
Criança brinca em casa ou na escola.
Criança canta na rua ou na lua.
É preciso amor para além do toque...
Distante, virtual, mas de coração.
Para vocês.
Artista: Andressa Vidal
Técnica: poesia
Poesia com voz humana: Paula Cerqueira
“Esperançar”
Artista: Laura
Técnica: fotografia
Audiodescrição: Mariana Vasconcelos
[Início da descrição da Imagem]
Na fotografia vê-se, ao fundo, mobiliário e eletrodomésticos indicadores de que o ambiente trata-se de uma cozinha. Ao centro, a imagem de um idoso de cor branca, magro, de cabelos brancos cortados bem curto, usando óculos de armação na cor preta. De camisa social de manga curta na cor bege, ele está sentado com os cotovelos apoiados sobre uma mesa de madeira na cor clara. Sua boca está entreaberta e suas mãos estão entrelaçadas à frente de seu corpo, na altura do peito, servindo levemente de apoio para seu queixo. Em primeiro plano, sobre a mesa, no canto inferior esquerdo da fotografia, vê-se parte de uma torta de chocolate com duas velas de cor azul, acesas, representando o número 90, e uma outra vela cilíndrica de cor azul decorada com estrelinhas brancas, também acesa, com a chama alta e soltando faíscas. Sobre a mesa, entre o homem e a torta de chocolate, está posicionado um guardanapo de papel dobrado no formato quadrado.
[Fim da descrição da Imagem]
“Antes, durante e depois”
Artista: Bruna Camila
Técnica: vídeo
Audiodescrição: Mariana Vasconcelos
[Início da descrição do vídeo]
Ao som da música “Singing in the rain” (Arthur Freed / Nacio Herb Brown) em versão instrumental, o vídeo mostra uma jovem dançando sapateado. No início, ela está com uma caixa de papelão cobrindo sua cabeça. Na caixa, em um papel branco está escrito “Pandemia”. Ela descobre seu rosto, que está de máscara. Pega um frasco de álcool e borrifa no ar. Em seguida, retira a máscara e pega uma almofada em formato de coração, exibindo a mensagem: “Avós. Amigos. UFF”. Ao virar a almofada, lê-se outra mensagem: “Agora vamos rever-nos”.
[Fim da descrição do vídeo]
“Reflexão”
Imbuída da angústia
que nos assola a pandemia
pela vacina que se busca
ansiamos por esse dia
Tantas vidas perdidas
um vírus invisível as levou
reflexões infinitas
sobre quem realmente sou
Quem não se perguntou
para onde vamos ou de onde viemos
ainda não acordou
pois o tempo pouco temos
O que estamos fazendo
com o nosso planeta Terra?
A natureza está morrendo
entre poluição, fogo e motosserra
O egoísmo iludindo
devastando o ecossistema
um vírus nos destruindo
como em um filme de cinema
Ah, meu Deus como eu queria
que tudo fosse um pesadelo
acordar em um novo dia
livre desse desespero...
Artista: Ana Paula Estrela
Técnica: poesia
Poesia com voz humana: João Rodrigues
“Presa entre as grades, vejo a primavera florescer lá fora...”
Artista: Evelyn Almeida
Técnica: fotografia
Audiodescrição: Mariana Vasconcelos
[Início da descrição da Imagem]
Fotografia de uma janela com grade. Em primeiro plano, parte de um grande ipê-rosa. Atrás, folhagens verdes de copas de árvores. Ao fundo, um prédio cor de tijolo com janelas brancas.
[Fim da descrição da Imagem]
“Linhas que nos unem”
Artista: Mônica Santos
Técnica: bordado
Audiodescrição: Mariana Vasconcelos
[Início da descrição da Imagem]
Fotografia de um bastidor contendo o bordado de uma árvore de caule marrom, de onde saem galhos com flores amarelas e pequenas folhas verdes. Ao centro, um galho tem formato de coração. A imagem mostra as mãos de uma pessoa bordando, com a mão esquerda segura o bastidor e a direita segura uma agulha com linha verde. Ao fundo, vê-se uma rede de balanço em tecido de cor clara.
[Fim da descrição da Imagem]
“A gente continua”
Artista: Samara Candido Menezes Rodrigues
Técnica: vídeo
Audiodescrição: Mariana Vasconcelos
Transcrição da narrativa do vídeo: Mariana Vasconcelos
[Início da descrição do vídeo]
Vídeo de uma paisagem com céu azul e nuvens brancas, onde a folha de um coqueiro balança ao vento. Em seguida, mostra-se o coqueiro carregado de cocos, tendo ao fundo uma vegetação praiana. Escuta-se o canto de passarinhos, enquanto uma voz feminina faz uma narrativa.
[Fim da descrição do vídeo]
[Início da transcrição da narrativa do vídeo]
“Freire fala sobre esperança.
E essa esperança não é de espera. É de ação.
Se eu pudesse, eu perguntaria pra ele:
Como que faz?
Como que faz pra esperançar se a gente ainda é como nossos pais?
Como que faz se a gente mobiliza, grita, movimenta, vai à rua e parece que a gente anda cinco, volta não sei quantos mais atrás?
Mas a gente continua.
Porque não dá mais.
Às vezes, sem saber como faz.
Mas a gente continua.
Nem que seja no outro se apoiando.
A gente continua.
Esperançando.”
[Fim da transcrição da narrativa do vídeo]
“Florescer”
Luz para sobreviver.
Raios de sol que enrubescem os cabelos.
Em tempos de reclusão,
o tempo parece desgovernado.
Raízes emaranhadas
procuram no solo um alento.
Resgatam antigos fazeres,
sorvem sábios saberes,
descobrem novos poderes.
A mente às vezes cansa,
querendo desistir.
Mas suas mãos guardam
o mais sagrado existir.
O caule carrega dores amargas
e uma seiva adocicada.
Nas folhas, um leve sopro
enche de vida todo seu Ser.
E mesmo não podendo mais florir,
descobre que pode, ao menos,
Florescer.
Artista: Mariana Vasconcelos
Técnica: poesia
Poesia com voz humana: Mariana Vasconcelos
“O sol”
Artista: Le Lopes
Técnica: fotografia
Audiodescrição: LaIFE
[Início da descrição da Imagem]
Fotografia de uma paisagem de praia. O mar está calmo e as ondas mansas batem na areia formando uma leve espuma. No céu azul, ao centro, vê-se o sol a pino, refletindo intensa luz nas águas do mar. Ao fundo, no canto direito da foto, há montanhas.
[Fim da descrição da Imagem]
“O que eu sou?”
Artista: Maria Keile
Técnica: vídeo
Transcrição do poema e legenda do vídeo: Maria Paula Magalhães
O que eu sou?
Um pouco do que eu comi?
Um pouco do que eu li?
Um pouco do eu ouvi?
Um pouco do que eu aprendi?
Um pouco de quem eu interagi?
Um pouco de quem me fez sorrir?
Um pouco de quem me desafiou?
O que será que eu sou?
Parte dos meus amigos?
Parte da minha família ?
Parte de quem me fez refletir?
Parte de quem me fez mudar, de quem me fez pensar?
Parte de quem?
O que será que eu sou?
Um barulho silencioso ou um silêncio barulhento?
O que será que eu sou?
O que será que eu me torno?
O que será que me constitui?
Quem eu sou?
A Maria Keile de ontem, dos desafios, da diversidade, da alegria
O que eu sou?
A Maria Keile de ontem vivendo a Maria Keile de hoje
e se transformando na Maria Keile de amanhã.
“Vivência e inclusão”
Inspirada, fiz uma poesia.
Um sonho
Foi quando o sol nasceu depois da luta!
E descansou...
O que era sobrevivência...
Não vingou, floresceu!
E finalmente pode sorrir
Com orgulho colorido.
Foi quando as cores se pintaram...
Quando as cores namoraram o dia e a noite.
Trazendo vida, ancestralidade
Colorindo e colaborando...
E encantaram por toda a parte
No coração, na pele, no sentir, no agir...
Mãos dadas. Corações em sintonia
Foi quando os sentimentos, os sentidos, as sensações
Respeitaram-se
Reconheceram-se
Reverenciavam-se
Paladar Visão Olfato Audição Tato Contato
Carinho além do toque...
Olhar sem preconceito, sem diferenciação...
Acabou!
O choro, a dor, o temor
Mulheres Homens Crianças e quem mais puder
Sonhar Criar Agir
Cheiros de paz, antirracistas, diversidade
Cheiros de vida, cheios de vida e inclusão
Que o sonho não acabe...
Representatividade
Honestidade
(Re)existência
(Co)existência
(Sobre)vivência
Inclusão
Harmoniapazsaudeamor
(Escre)vivências
Artista: Andressa Vidal
Técnica: poesia
Poesia com voz humana: Andressa Vidal
“Da minha janela, eu vejo esperança”
Artista: Yasmim Lemos
Técnica: fotografia
Audiodescrição: Mariana Vasconcelos
[Início da descrição da Imagem]
Fotografia de silhueta de uma janela de duas folhas com uma moldura de topo arredondado. Através da janela, vê-se o pôr-do-sol, alguns pontos de luz das casas e montanhas ao fundo.
[Fim da descrição da Imagem]