Integrantes do LaIFE
Sentir-Pensar na Pandemia
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Composição, em formato de mosaico, composta por 41 peças hexagonais dispostas lado a lado e agrupadas em linhas intercaladas com 5 e 4 peças. Cada peça tem uma imagem, que corresponde ao recorte de cada produção cultural que compõe esta exposição. A junção das imagens torna o mosaico colorido.
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Isoladas, mas não solitárias, Nós, do Laboratório de Inclusão, Formação Cultural e Educação - LaIFE, no contexto de isolamento social da pandemia de SARS-CoV-2, unimos esforços (mentes e corações) em busca de COMO NOS FORTALECER POR MEIO DA ARTE.
Assim, ancoradas no tripé "formação cultural-inclusão-esperançar"
nos lançamos à experiência de escuta individualizada, alteridade, solidariedade e protagonismo, a fim de mobilizarmos o encontro consigo mesmo e a tomada de consciência capazes de desvelar os caminhos possíveis à expansão da vida.
Ao final de 2020, em uma articulação semeadora e propositiva, nasce o "Portfólio - Escrita de Si". Um acervo virtual de produções culturais elaboradas em múltiplas linguagens, mediatizadas pelo contexto vivido em que afloraram o sentir-pensar, mobilizador de atitudes para o mundo, que é preciso transformar e humanizar.
Esse acervo mobilizou uma coletânea de muitas outras produções culturais (pinturas, vídeos, poesias, desenhos...), que buscaram, mediante a problematização e reflexão da situação concreta vivida, "respostas" aos desafios que se apresentam a cada um e a todos nós.
A mostra “sentir-pensar a pandemia” é o resultado que colhemos do encontro entre o "Portfólio - Escrita de Si" com crianças, jovens, adultos e veteranos, que aceitaram o convite de se identificar com o outro e de elaborar o seu “adentramento” no sentir-pensar a quarentena. Um exercício nada trivial que, entre o medo e a esperança, se apresenta como um exercício de pensamento-ação dos possíveis sonháveis.
As (re)existências são intensas e vibrantes, as quais acolhemos em uma ação de curadoria sensibilizada pelo movimento político e poético das produções culturais. Desse sentir emergiram as palavras: "afetividade", "esperança" e “resistência”, inspiração que dá nome e tom ao arranjo das salas em celebração à vida e ao Centenário de Paulo Freire!!
Assim, transpassada pelos fundamentos da Teoria Crítica e em comunhão com o "Andarilho da Utopia" - Paulo Freire, concebemos a exposição, cuja tessitura materializa a razão sensível:
“Adorno e Freire, ainda que procedentes de conjunturas distintas, exprimem afinidades nos modos críticos de ver, pensar, sentir e habitar o mundo, sendo arquétipos de resistência e de ações reflexivas e revolucionárias de exilados que resistiram a contextos opressivos e totalitários, em defesa de uma educação humanizadora e de luta contra as barbáries”.
Convidamos a todas/os a sentir-pensar a pandemia sob as lentes das produções criativas e afetivas, cuja intencionalidade se inscreve e se projeta o sentido de ser mais.
Indicamos a apreciação das poéticas com acessibilidade: conteúdos interpretados na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) com voz humana, legendas e descrição de imagens, a fim de nos fortalecer em (com)unidade, um coletivo comprometido ética, estética e culturalmente com a humanidade.
Saúde e Paz!!
LaIFE