Integrantes do LaIFE
Afetividade
Verbete com voz humana: Luciano Vianna
"A prática educativa é tudo isso: afetividade, alegria, capacidade científica, domínio técnico a serviço da mudança ou, lamentavelmente, da permanência do hoje" - Paulo Freire.
"Gosto de ser homem, de ser gente, porque sei que a minha passagem pelo mundo não é predeterminada, preestabelecida. Que o meu “destino” não é um dado mas algo que precisa ser feito e de cuja responsabilidade não posso me eximir. Gosto de ser gente porque a História em que me faço com os outros e de cuja feitura tomo parte é um tempo de possibilidades e não de determinismo. Daí que insista tanto na problematização do futuro e recuse sua inexorabilidade"- Paulo Freire.
“Em tempos de pandemia o amor é proteção, é cura para o coração”
Artista: José Luiz Almeida
Técnica: pintura em tela
Audiodescrição: Lusimar Andrade
[Início da descrição da Imagem]
A pintura em estilo Naif, tinta acrílica sobre tela, medindo 30x40, intitulada “Em tempos de pandemia o amor é proteção, é cura para o coração”, na imagem predomina o tom azulado. Ao centro da tela, com um fundo florido, em destaque, até a altura do peito, vê-se um homem e uma mulher se beijando na boca, ambos com máscaras de tecido franzido, em tom azul, presas às orelhas. A mulher tem os cabelos castanhos, lisos e longos. O homem também de cabelos lisos, com franja até os olhos e um pouco alongado ao final do pescoço. Com a mão direita, o homem apoia a nuca da mulher para o ato do beijo. Ao redor do casal, em formato de moldura arredondada, há flores pinceladas em pétalas amarelas, bege, um pouco de azul e miolos brancos.
[Fim da descrição da Imagem]
"Acróstico Escrita de Si”
Artista: Leomar Avellar
Técnica: poesia
Poesia com voz humana: João Rodrigues
E screver sobre Si é uma provocação a
S e expor? Se pensar? Se encontrar? Se perguntar?
C urioso é pensar em Si em outras e tantas situações do cotidiano,
R efletir sobre sua humanidade,
I nferir novos olhares sobre Si,
T entar se reencontrar consigo e ...
A mar-se, Ampara-se, Abraçar-se, Abrigar-se,
D espir-se, Desenhar-se, Desbravar-se,
E xperimentar e Exprimir a
S i mesma, a beleza de poder ser
I nestimável em Si…
"De mim para mim mesma”
Artista: JuBa
Técnica: vídeo
Audiodescrição: LaIFE
[Início da Descrição do vídeo]
No vídeo, uma jovem negra de cabelos curtos, usa óculos e camiseta rosa de alças. Está sentada cantando e tocando violão rosa escuro com borda branca.
[Fim da descrição do vídeo].
"O cotidiano imperceptível”
Artista: Daniele Gonçalves
Técnica: fotografia
Audiodescrição: Paula Cerqueira
[Início da descrição da Imagem]
Fotografia de um pé de abacaxi. Ao centro, sustentado pelo caule da planta, um abacaxi maduro com uma pequena coroa. Ao seu redor, algumas folhas verdes e compridas. Ao fundo, uma parede revestida de Pedra São Tomé, em tons terrosos mais avermelhados.
[Fim da descrição da Imagem]
"Família”
Artista: Beatriz Castro
Técnica: vídeo
Audiodescrição: Mariana Vasconcelos
[Início da Descrição do vídeo]
Ao som da música “Trem-bala” (Ana Vilela), o vídeo apresenta uma sequência de fotografias da autora representando a família e os amigos.
[Fim da descrição do vídeo].
"Minha versão Inefável”
Eu
Logo eu
Acostumada a sempre esconder e reprimir
Escrevo isso enquanto ouço a música que mais me toca Que mais me emociona
Não sou boa em escrever coisas, não tenho um lado artístico Sou prática, direta e objetiva
Sempre gostei de ser, tenho orgulho de falar
Mas esse ano, depois de tanto
Depois de tudo
Me descobri diferente
A minha versão inefável
Perdi coisas
Perdi pessoas
Perdi uma pessoa, uma pessoa que nunca imaginei perder Talvez a pessoa que melhor me conhecia
Um certo tipo de morte, não a física
Não sei o que é pior, já tive ambas as perdas, as duas doem Descobri que sou mais sensível do que pensei
Odiei, não aceitei
Ainda não
Tô me acostumando
A pandemia não me ajudou em absolutamente nada Apenas veio para mostrar
Contradizendo tudo o que eu sempre acreditei Eu não sou imune às emoções
Não tanto assim
Passei a maior parte do tempo sozinha, tive tempo de analisar Revisar
E
Repensar a mim mesma
Obtive o melhor e o pior de mim Para descobrir o que eu já sabia Sou a minha melhor companhia Inefável.
Artista: Aghata
Técnica: poesia
Poesia com voz humana: Rebecca Nunes
Clique aqui para ouvir a poesia.
Poesia com voz humana: João Rodrigues
Clique aqui para ouvir a poesia.
Poesia em LIBRAS: Raphael Lopes da Costa
Legenda: Maria Paula Magalhães
Assista abaixo o vídeo.
"Zona de desconforto”
Artista: Isis Dias
Técnica: pintura em papel
Audiodescrição: Erika Leme e Christina Brazil
[Início da descrição da Imagem]
Pintura em papel, ao centro vê-se uma mulher pintada de vermelho, cujos contornos de seu corpo são definidos em branco.De cabelos longos e lisos, está sentada sobre ramos amarelos e abraça sua perna esquerda, onde apoia a cabeça enquanto os cabelos caem ao lado de seu corpo. A imagem está envolvida com uma camada azul clara contornada por uma linha azul escura.
[Fim da descrição da Imagem]
"Escritos por mim”
Artista: Carolina Maria
Técnica: vídeo
Audiodescrição: Mariana Vasconcelos
[Início da Descrição do vídeo]
Ao som da música “We are young” (FUN ft. Janelle Monáe), o vídeo apresenta uma sequência de fotografias com atividades feitas pela autora durante o confinamento na pandemia, como pintura, desenho, artesanato com miçangas, costura, receitas, quebra-cabeças e leitura. O vídeo possui uma legenda com os pensamentos da autora.
Transcrição da legenda do vídeo:
“A pandemia chegou e aterrorizou o mundo todo.
Quem poderia imaginar uma coisa dessas?
Um filme de ficção e terror, resolveu sair das telas.
Me tornei personagem desse longa metragem até o momento em que me perdi de mim mesma.
Quem eu era e quem eu sou já não dialogam mais.
Sei que algo está errado e não é só dentro de mim.
Nesse período todo minha vida foi (re)feita e (re)pensada…
Mudei tudo de lugar, do lado de dentro e de fora.
Estamos fisicamente distantes de quem amamos…
Virtualmente conectados com milhões. Ainda assim, me sinto só.
Cobrei atenção, recebi atenção, fui cobrada e fiz o melhor para dar…
Chorei com motivo e sem motivo, chorei de raiva, de tristeza, de alegria e de amor.
Montei um quebra cabeça de seis mil peças.
Fiz artesanato com miçangas.
Pintei caixinhas, camisas, quadros e desenhos.
Aprendi a costurar e a cozinhar.
Eu pensava que em um mês estaria tudo resolvido…
Relembrei memórias na caixinha de fotografias.
Abri meu cofre e comprei uma câmera pra registrar momentos, quando pudesse sair novamente, pois sabia que nunca mais enxergaria o mundo da maneira que enxergava antes.
E agora? Meses depois…
enquanto escrevo…
Só consigo me perguntar: quando tudo isso vai acabar?”
[Fim da descrição do vídeo].
"Meu companheiro de pandemia”
Artista: Lucão
Técnica: fotografia
Audiodescrição: LaIFE
[Início da descrição da Imagem]
Fotografia vertical de violão de tampo cor de laranja, onde se destacam três adesivos colados: a silhueta do rosto de Nossa Senhora envolto pelo terço mariano em formato estilizado de um coração; uma logomarca em formato de pneu com uma silhueta de uma moto veloz e um adesivo de comemoração de 30 anos com a logo da MotoHalf. O violão está sobre um lençol estampado em tons pastéis de azul, amarelo e laranja.
[Fim da descrição da Imagem]
“Eu estive aqui!”
Artista: Estefany Souza
Técnica: vídeo
Audiodescrição: Mariana Vasconcelos
[Início da Descrição do vídeo]
Ao som da música “I was here” (Beyoncé), o vídeo mostra uma sequência de cenas da autora: caminhando sobre a terra com os pés descalços e segurando um passarinho; recolhendo frutas do chão; uma borboleta batendo as asas sobre uma planta; plantando suculentas numa jardineira; uma celebração religiosa numa igreja; fazendo carinho em um cachorro; mandando uma mensagem em Libras "Há tempos atrás conheci uma história antiga sobre um beija-flor que ama a noite" e costurando. Ao final, a foto de seu antebraço tatuado com a seguinte frase: “I was here. I lived. I loved”.
[Fim da descrição do vídeo].
"Descobertas no nosso quintal”
Artista: Gabi Soledade
Técnica: fotografia
Audiodescrição: Paula Cerqueira
[Início da descrição da Imagem]
Imagem composta de três fotos intitulada DESCOBERTAS NO NOSSO QUINTAL.
Primeira imagem: desenho em guache de natureza, no alto título, O SAPINHO FELIZ. Céu azul com sol alaranjado no alto. À direita uma árvore de tronco fino e uma copa frondosa com frutas vermelhas, ao lado vê-se o sol. Abaixo, um origami de um sapinho em papel verde claro com dois olhos pretos.
Abaixo, a segunda imagem, fotografia de vasos de plantas, com destaque no vaso com uma planta com flor vermelha, e um sapo marrom dentro.
Terceira imagem: à direita das outras imagens, fotografia vertical de um casal de crianças em um quintal. À esquerda e de costas, um menino de bermuda azul escuro e camisa branca. A menina, ao centro da foto, de vestido rosa e laçarote na cabeça, de frente para a foto, olha para a sua direita. Ao fundo da imagem, o quintal de terra batida e grama, tem uma árvore de tronco fino e pequenas folhas verdes à direita. Ao fundo um muro alto e cinza.
[Fim da descrição da Imagem]
"Tempo de infância”
Artista: Gleyce Silveira
Técnica: vídeo
Audiodescrição: Lusimar Andrade
Legenda do vídeo: Maria Paula Magalhães
[Início da descrição do vídeo]
Vídeo mostra uma série de 12 fotos de crianças. As duas primeiras são fotos, em sépia, de duas crianças sentadas atrás de uma mesa escolar. As demais são fotos coloridas de crianças em festas de aniversário, carnaval, escola e balanço.
[Fim da descrição do vídeo]
[Início da descrição da legenda do vídeo]
Tempo de infância - Ano: 2020
Quantas lembranças eu tenho do meu tempo de infância, de quando eu era criança, este que não volta mais, de quando eu jogava bola, do tempo de escola, que tinha pão com marmelada na merenda e que hoje, ah, já não se faz mais. Tão delicada e meiga apelidada pelo vô Dudu de beijoqueira. Nossa horta, pura alegria, tudo que plantava, nascia. Presidente do clube de literatura, muito trabalho eu tinha! Hoje tem sarau, que maravilha! Música, leitura, teatro, fantasia. Quantas lembranças eu tenho do tempo da minha infância, da Praia, da piscina, do dia das crianças. Papel de carta, caneta colorida, pão de queijo quentinho da padaria. “Já para dentro crianças, vamos tomar café”, titia com abraço aconchegante, está na hora do lanche. Correr na rua junto com a molecada, tanta coisa para fazer, menos a lição de casa. Não quero comer apenas brincar e mamãe dizia “entra logo se não um puxão de orelha vai ganhar”. Domingo na roça, galo cantou, hora de brincar. No brejo pegar saracura, explorar o desconhecido, trepar em árvore, pegar fruta, manga e cana, chupar. Ainda tenho saudades do que vivi na infância, de quando era criança. Lembranças na memória do tempo que não volta mais.
[Fim da descrição da legenda do vídeo]
"Personificação”
Artista: Jocelis Amaral
Técnica: poesia
Poesia com voz humana: João Rodrigues
Acabaram-se as palavras
Nada tenho a dizer
Pois me tornei a pena fora da ave
Sou uma anedota, sem graça
Uma desgraça empilhada
Sou virgem de rir
Sorrir de verdade
Sou símbolo:
Máscara das artes
Palco do drama, sem amor
Eu sou profunda
Não estou simplesmente
Não Faço parte,se é que supõe
Eu Sou
Violentamente consumi o que me criou
Sou uma escrita indecifrável
Não sou pertencente, já fui um dia
Tornei-me o Eu do criador
Não sou mais criatura
A esta pobre
Eu era a dor que ela sentia
Agora eu sinto-a como petição de socorro
Eu sou a dor que habitava dentro do ser
Tornei-me física
Real e viva
Morreu quem me sentia
Restou o sentimento
Sem prazer nem piedade
A dor.
"Depois de mais de cento e vinte dias sem chutar uma bola… Saudades!”
Artista: Paulo Vitor Costa
Técnica: vídeo
Audiodescrição: Mariana Vasconcelos
[Início da descrição do vídeo]
Ao som de um chorinho, o vídeo mostra uma quadra esportiva e uma bola de futebol, que rola da parte superior direita do vídeo para baixo até tocar o pé de uma pessoa. A bola é chutada e, ao bater na parede, volta até o pé, que faz embaixadinhas e depois conduz a bola pela quadra e a chuta para o gol. No canto inferior esquerdo do vídeo, vê-se o desenho de um coração vermelho. Ao centro, em letras brancas, lê-se “Depois de mais de cento e vinte dias sem chutar uma bola… Saudades!”
[Fim da descrição do vídeo]